domingo, 14 de junho de 2009

O desenvolvimento do jovem adulto

O desenvolvimento de um jovem adulto é influenciado por muitos acontecimentos vivenciados desde a infância até à adolescência. No começo da fase do jovem adulto importantes decisões são tomadas, principalmente sociais e emocionais. Para Levinson e Erikson aos 22 anos o ser humano adquire maior autonomia em relação aos seus pais e entra numa fase de estabilidade, através de um relacionamento afectivo, perspectivado no seu próprio núcleo familiar. Por volta dos 28 anos de idade o jovem adulto entra na fase de transição onde analisa o seu padrão de vida fazendo escolhas pessoais e profissionais. Aos 33 anos é atingido um novo período de estabilidade, o jovem adulto focaliza a sua atenção no desenvolvimento das suas capacidades profissionais aplicando a sua experiência. No meu percurso do desenvolvimento como jovem adulta, enquadro-me na perspectiva teórica de Levinson, porque passei de uma fase de estabilidade aos 21 anos para uma de transição aos 26 anos e atingi um novo período de estabilidade aos 31 anos, ou seja, comecei a namorar aos 21 e casei aos 25, senti-me estável emocionalmente, aos 26 analisei a minha vida e passei pela fase de transição, onde optei por ser mãe, agora com 31 anos aposto continuamente na minha carreira profissional, é uma aposta baseada na minha experiencia profissional actua, mas com o objectivo de alargar os horizontes do conhecimento e para subir de carreira, porque é o que me proporciona uma estabilidade psicológica. A esfera profissional nos últimos anos adquiriu muita relevância, os jovens pensam primeiro na realização profissional e estabilidade económica e depois na realização familiar, onde as mulheres são mães entre os 35 e 40 anos de idade, (já no inicio da menopausa). No meu caso fugi à regra actual, porque vivi numa ambiente familiar em que a família sempre esteve em primeiro lugar e tudo o resto se consegue realizar na mesma, todos temos um “timming” diferente para a realização das nossas tarefas. Acredito que a aprendizagem ao longo da vida é toda a actividade de aprendizagem em qualquer momento da vida, com o objectivo de melhorar os conhecimentos, aptidões e competências, no quadro de uma perspectiva pessoal, cívica, social ou relacionada com o emprego. Apostei sempre na formação formal teórica e aposto agora no ensino superior, é mais uma mudança relacionada com as circunstâncias da vida, numa sociedade do conhecimento, ou talvez como afirma Erickon, confrontei-me com a crise generatividade v estagnação, estou a passar por uma aprendizagem significante, onde o que aprendo é pertinente para mim, pois é uma aprendizagem intencional, motivada, onde os conhecimentos adquiridos vão permitir uma maior evolução, no meu ciclo de vida.

Nascer é, começar a envelhecer


A passagem do século XIX para o século XX, com alterações económicas e sociais a que o mundo foi sujeito, coincidiu numa transição demográfica, esta transição permitiu que as elevadas taxas de mortalidade e de natalidade se equilibrassem, apesar de actualmente serem baixas. O declínio da fecundidade nas sociedades actuais aumentou o envelhecimento populacional, proporcionando um crescimento global e rápido da população de idosos, um dos maiores desafios que o mundo terá de enfrentar durante este século e talvez no próximo. Os avanços tecnológicos e científicos são enormes, e permitiu uma esperança de vida mais longa, onde as pessoas mais velhas se mantêm mais saudáveis e produtivas por muito mais tempo.
A imagem social que actualmente as pessoas têm em relação à velhice, é que cada vez mais as populações estão envelhecidas porque os jovens são pais cada vez mais tarde. Entre os 30 e os 40 anos de idade, em que os adultos consideram existir uma estabilidade financeira e emocional, é que optam por serem pais, isto reflecte-se em ambos os sexos.
A sociedade Portuguesa é constituída maioritariamente por idosos que já se encontram numa fase de declínio e deterioração, onde algumas capacidades se vão perdendo. A velhice é um período natural, vulnerável, é universal e inevitável, assim como irreversível, acontece sob condições genéticas e ambientais, seguindo velocidades diferentes de pessoa para pessoa, o envelhecimento segue um rumo e uma velocidade consoante as vivências próprias, estilos de vida, acidentes e doenças, a que as pessoas foram sujeitas. Na velhice a aparência física modifica-se, diminui a capacidade auditiva, a tonicidade muscular diminui progressivamente, o coração enfraquece, assim como o sistema imunitário, em alguns casos existe também um declínio intelectual tornando os idosos mais dependentes de outras pessoas. Esta fase da velhice representa no global a fase em que as capacidades e a resistência física vai gradualmente se perdendo e que torna as pessoas mais dependentes de outros, uma carga.
Em comparação com outras eras, actualmente a esperança de vida aumentou, e recorre-se cada vez mais a reformas antecipadamente, este é um problema social que favorece a urgência de políticas sociais de velhice, onde o importante é valorizar o bem-estar psíquico, porque apesar de não terem idade para trabalhar, ainda têm boas capacidades para desenvolver outras actividades.
Após a reforma os idosos são retirados do mundo laboral, e na maior parte das vezes os familiares não têm tempo para tomar conta dos reformados, por vezes ainda com boas capacidades físicas e mentais. Uma politica social de velhice, será para evitar a solidão e o isolamento através da solidariedade pública, como por exemplo, os idosos que ainda estão aptos a se deslocarem e aptos intelectualmente para aprendizagens novas podem frequentar universidades da terceira idade, actualmente criadas para pessoas com mais de 50 anos de idade, que proporcionam aos idosos uma forma de se sentirem úteis e manterem uma óptima auto-estima.
Aliado à constante necessidade de aprendizagem do ser humano, por estarem inseridos em sociedades industrializadas, culturais e em constantes transformações, as universidades da terceira idade, trouxeram a muitos seniores a resposta que estes procuravam acerca da gestão do seu tempo livre depois da reforma, é uma forma de dar continuidade da aprendizagem ao longo da vida da educação dos adultos e obterem mais certificados.
Aliou ainda a sabedoria e a experiência de vida destas pessoas à necessidade permanente do ser humano na obtenção de novos conhecimentos, proporcionando aos idosos a oportunidade de aprender novas matérias como Inglês e novas tecnologias, sem que estes sentissem uma ruptura repentina na passagem da vida activa para a reforma, envelhecendo, sem dúvida alguma mas com qualidade de vida.
O idoso na fase da velhice deve reajustar-se a uma nova realidade, considerando positivo o que viveu ao longo da sua vida e tirar partido dessa sabedoria que advêm das vivências positivas e dos erros cometidos. É a partir da maturidade que nasce a sabedoria e deve demonstrar que a sua idade biológica e cronológica não coincide com a idade social, porque esta idade advêm da sua vivência, educação, história de vida e do seu saber e quer saber mais, também para os psicólogos a sabedoria deixou de ser só transcendental e passou a ser encarada como prática e social, onde o conhecimento e a aprendizagem deriva de vários factores, onde o fim poderá ser na morte do ser humano.